quarta-feira, 26 de maio de 2010

A educação de alunos surdos.

Estou - Larissa Alcântara Venâncio - realizando esta etapa do estágio em uma escola que atende alunos surdos, trata se de uma escola regular e do município que insere há mais ou menos 10 anos alunos surdos junto com alunos ouvintes na sala de aula. Dentro das salas que têm surdos há também o acompanhamento de interpretes, já que esses surdos dominam mesmo é a Libras e não a língua portuguesa. Na sala em que eu faço o estágio há três alunos que tem a surdez profunda e um que tem apenas 10% da audição. Esse último aluno teve resistência para aprender libras – resistência que a família do aluno impôs – então ele aprendeu o oralismo, mas tem bastante dificuldade na aprendizagem do conteúdo proposto pelos professores. Já os outros alunos dominam bem a libras e não apresentam quase que nenhuma dificuldade no processo de aprendizado.
É muito importante a inserção do surdo no ambiente escolar, mas isso muitas vezes acontece de “maneira errada”, uma vez que nas escolas convencionais a língua portuguesa é vista como padrão, como modelo e isso na maioria das vezes geram certa dificuldade no aprendizado do aluno surdo – como no caso do aluno que tem surdez parcial, citado acima. É então que deve se chamar a atenção para o fato de que a língua é importante para os próprios surdos, portanto seria conveniente para eles a conciliação entre essas línguas – sinais e portuguesa.
Muitos autores afirmam que a língua de sinais é na maioria das vezes preferida pelos surdos, pois através dela eles se identificam uns com os outros. De acordo com a autora Ronice Müller de Quadros:
“(...) a língua de sinais apresenta a possibilidade efetiva de troca com o outro. Além disso, é uma língua que possibilita aos surdos falarem sobre o mundo, sobre significados de forma mais completa e acessível, uma vez que se organiza visualmente. (...) a contextualização da língua na cultura surda enquanto elemento constituidor da identidade surda”. QUADROS. Ronice Müller de. “POLÍTICAS LINGÜÍSTICAS: AS REPRESENTAÇÕES DAS LÍNGUAS PARA OS SURDOS E A EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL”. p.4
Geralmente, os surdos tendem a comparar a língua de sinais com a língua portuguesa. Além disso, os surdos querem entender suas origens, buscar explicações de como se constituiu a sua língua, pois os surdos formam uma comunidade, com cultura e língua própria. Segundo alguns estudos já há a preocupação em entender o surdo, suas particularidades, sua língua, sua cultura e sua forma singular de pensar e agir e não apenas os aspectos biológicos da surdez.
Ademais, segundo alguns autores a língua portuguesa é um impasse entre surdos e ouvintes – pois os últimos vê a surdez como uma doença e tenta buscar sempre a cura para os primeiros -, já que de acordo com eles o surdo associa a língua portuguesa com a fala, o que seria então uma dificuldade. Porém é importante que o surdo seja bilíngüe, o surdo deve ser bilíngüe, deve adquirir como língua materna a língua de sinais e como segunda língua a língua oficial do seu país. Apenas o oralismo na vida dos surdos gera diversas dificuldades, visto que nessa perspectiva percebe se a surdez como deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva.
É importante começarmos a pensar nos surdos como pessoas normais e capazes de receberem educação nas escolas regulares, aceitar a língua de sinais, e não querer impor a eles o ouvintismo – negação da surdez e procurar a cura.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Educação Especial



A Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPE - foi criada em 1993 por um grupo de pesquisadores das áreas da Educação, Educação Especial e da Saúde que visam auxiliar o intercâmbio entre pesquisa e ensino através da publicação da Revista Brasileira de Educação Especial, voltada para pesquisadores, professores e profissionais em Educação Especial e áreas afins. Através do link abaixo, vocês poderão ter acesso a todos os números da revista:

http://www.abpee.net/tabeladasrevistasdaassociacao.htm