quarta-feira, 23 de junho de 2010

A experiência da regência!

A semana passada tive a experiência de trabalhar com os alunos surdos. Eu ministrei duas aulas com uma turma de oitavo ano do ensino fundamental, que têm quatro alunos surdos. Gostei muito da experiência e acredito que vai ser bastante útil para minha carreira.
Através do estágio puder perceber de perto as dificuldades encontradas pelos alunos surdos dentro de uma sala de aula. Lá na escola onde eu realizei o estágio tem um aluno que tem surdez semi profunda e que é oralizado. Esse aluno, entre os discentes surdos, é o que tem mais dificuldade na aprendizagem - segundo as professoras - e agora que está tendo contato e aprendendo a Língua Brasileira de Sinais, a Libras. Já os outros alunos lidam melhor com o conteúdo passado, inclusive um deles é filho de pais surdos o que facilita ainda mais o aprendizado, pois a cultura ouvinte não foi imposta a ele. A maior dificuldade de aprendizagem desses alunos está na língua portuguesa, pois a mesma é a segunda língua deles e não a primeira e, durante a minha regência pude observar isso, pois eu pedi aos alunos que eles produzissem um texto a partir do conteúdo do livro, do conteúdo explicado e do que foi passado no quadro negro, mas os alunos surdos tiveram dificuldades para fazer esse texto. Então a interprete pediu que eles fizessem um resumo do conteúdo, pois a dificuldade que eles tinham com o português era um obstáculo para a produção textual. Para se ter uma noção de tal dificuldade, eu peguei um exemplo extraído de um site de relacionamento que uma dessas alunas surdas escreveu para mim:

Isabela .
"kkkk vc estou vergonha
uai vc é rock nao preciso vergonha
ja contrei meu cabelo
noosa eu é emo AFFs"

Através, desse pequeno exemplo creio que dá para perceber o quanto esses alunos têm dificuldade com a língua portuguesa. Em uma conversa com a interprete - em todas as aulas tem uma pessoa para interpretar para os alunos o conteúdo e a explicação do professor - ela alegou que os alunos surdos pensam primeiro em libras para depois passar para o português, e vale lembrar que libras não há conjugação de verbos, concordância, etc. Nessa perspectiva pode se dizer que apesar da escola trabalhar já algum tempo com a inclusão de alunos surdos na sala de aula ainda há muita dificuldades encontradas por eles que devem ser trabalhadas.


Por: Larissa Alcântara Venâncio

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Guia do PNLD 2011




No dia 07 de Junho foi realizado o encontro de formação continuada com professores da rede pública, no Cemepe. A proposta de tal encontro foi discutir o Guia do Programa Nacional do Livro Didático 2011 e, posteriormente, analisar algumas obras didáticas mediante as resenhas apresentadas no guia.
O Guia do PNLD 2011 se propõe a ser uma ferramenta que auxilia os professores a conhecerem a avaliação de outros professores acerca da qualidade de obras didáticas que foram inscritas na sua edição de 2011. Salienta-se que as informações contidas no guia servem enquanto aparato orientador para os professores, haja vista que cada professor deve ter conhecimento sobre qual é o livro mais indicado para o seu aluno.
Nesse sentido, o guia oferece caminhos, baseados em critérios estabelecidos pelo MEC e FNDE, que conduzem os professores a refletirem sobre os aspectos positivos e negativos de cada coleção. O guia orienta que as escolhas dos professores devem ser pautadas pelo conhecimento do projeto político-pedagógico que rege a escola, do conhecimento de seu alunado e da realidade que cerca a sua comunidade escolar.
Apesar de todas as orientações oferecidas pelo guia, é notório que somente o uso cotidiano do livro didático em sala de aula poderá indicar se escolha feita pelo professor foi bem sucedida ou não. Além disso, apesar de todos os critérios estabelecidos pelo MEC, os professores visualizam a quantidade de lacunas que ainda permeiam as obras didáticas, o que os levam a procurar formas alternativas para superar tais obstáculos em sala de aula. Apesar disso, o guia ainda é um dos instrumentos mais importantes que auxiliam os professores – através de uma análise minuciosa – a escolherem o livro didático.

Para mais informações, acessem o guia no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE):